Categoria VI – Fotografias

Nesta categoria se inserem obras formadas pela captura da luz, através de instrumentos como câmeras digitais ou analógicas.

Fotografias

Reflexo ou transparência?

Esta obra é uma fotografia de parte do Museu de Arte Popular da Paraíba, onde foi captada uma vista com diversas formas geométricas, além do reflexo, em alguns momentos com aparência de transparência, da paisagem do maior cartão postal da cidade de Campina Grande - PB, Brasil, local de encontro com as desigualdades sociais.

(Mozart Edson Lopes Guimarães - Brasileiro/Brasileño)

Transbordar

Em um universo em que sempre entre dois pontos se tem uma reta, notar as formas disformes da natureza. O restante se perdendo no segundo plano, se embaralhando para que, enfim, rabiscos mais retos possam ser observados. A forma, nada reta, com a qual o mecanismo complexo de nossa visão nos permite olhar esse retrato e reconhecer flor. Quem sabe transbordar um pouco da arte que nos habita pela borda que existe entre o limiar de nossos corpos e o resto do mundo inteiro. Transbordar à nossa maneira: na biologia única, mas tão similar entre indivíduos. Em nossas histórias. Naquilo que te assola ou te alegra. No detalhe e no todo que te fez mover hoje.

Isabela Pimentel de Almeida - Brasileira/Brasileño

Amarelinho

A parede é todinha com retas, paralelas ou perpendiculares. O verde da luz e o amarelo do gato fazem um contraste bem brasileiro. Amarelinho é bem mais que um simples gato, é o meu leãozinho. O que isso tem a ver com justiça social? Este gato foi acolhido por minha mãe quando se encontrava passando fome na rua, como muitos outros animais passam, inclusive gente.

Clarice dos Santos Targino Rodrigues Castellón - Brasileira/Brasileño

Pink Panther

Matemática, arte, literatura, filosofia, estas possuem origem comum, na relação entre o homem, a natureza e a consciência ou perturbação sobre o seu lugar diante do mundo. Os animais nos ensinam muito. Seres como Pink são especiais e nos fazem enxergar algo que já foi perdido por muitos, a compaixão. Esta que faz com quem não queiramos o mal do outro, uma compaixão para com todos (os animais, inclusive humanos). Seres especiais assim, também nos colocam diante do sagrado. A matemática pode estar na relação desigual entre as vidas tantas de um ser especial como este e a vida humana, ou na forma como eles preenchem espaços físicos ou afetivos.

Grygena dos Santos Targino Rodrigues - Brasileira/Brasileño

As imensidões num pedaço da caatinga

A obra é uma fotografia retirada de parte do alto da Serra do Urubu, zona rural do município de Juazeirinho - PB. Foi observando essa imensidão que refleti: Quantas matemáticas são possíveis de serem observadas nas imensidões da Caatinga? Na natureza há justiça? A regularidade da natureza é incrível, as suas formações e seus padrões são aspectos que podem ser observados na matemática.

Maria Luiza de Araújo Silva - Brasileira/Brasileño

Onde não existe íngreme demais

No meio urbano de Curitiba, cidade de serras, subidas e descidas, se estende para muito além da matemática aquilo que rege a qualidade de uma angulação exagerada no terreno. Não é suficiente que se trace duas retas com interseção na perspectiva do interlocutor, e abstrair daí um triângulo. No bairro certo, a rua íngreme é uma homenagem à terra inclinada, uma característica, um detalhe a mais para o prestador de serviço. No bairro errado, é o empecilho de qualquer deficiência, a dor a mais de qualquer consequência, a água que entra em qualquer tempestade.

Raul Gomes Pimentel de Almeida - Brasileiro/Brasileño

A fotografia do céu de São João.jpg

A fotografia foi tirada no maior São João do Mundo, na cidade de Campina Grande. A imagem é formada por formas geométricas coloridas formando as bandeiras e o balão ao centro, e abaixo retas que se cruzam formando uma espécie de cercado. As cores nos remetem uma lembrança ao movimento LGBT, que por muitas vezes acaba sendo marginalizado, sofrendo grandes injustiças, e apesar da diversidade na cidade, a festa ainda é considerada machista. As luzes da festa próximos as bandeirolas nos fazem lembrar de um céu estrelado, porém, bem mais próximo do indivíduo.

Tiago Emanuel Domingos de Moura - Brasileiro/Brasileño

Horizontes em perspectiva

A aridez do sertão, a vegetação acinzentada e amarelada, na maior parte do ano, é, para muitos, sinônimo de miséria. Essa visão míope pode ser trabalhada, transformada também em orgulho e valorização. Apesar de sua beleza peculiar, vemos inúmeros hiatos. Carência de recursos hídricos e tantos outros de ordem natural, política e social. A busca por moradia digna, segurança alimentar, saúde, educação, lazer, cultura é uma realidade para trabalhadores desta e de longínquas terras. Aqui, o Sol beija o chão e o banha caudalosamente com calor e luz ofuscante. Aqui e acolá, anuncia outros refrigérios. Na paisagem seca, irrompe um conjunto habitacional popular prestes a abrigar mais de 800 famílias. Nas proximidades, palhoças e casebres e a outros poucos, uma outra cidade para onde jorra imponentemente a abundância. O que a Educação, inclusive, a Matemática, tem a ver com as descrições adornadas pelas metáforas? Nosso ser e estar na sociedade pode ser pensado e problematizado politicamente tendo a escola como ponto de projeção. A Educação (Matemática) que fazemos pode pactuar de quais modos com a justiça social? Poderia ela lançar luz e perspectivas diferenciadas ao cenário social? A Matemática compõe lugares e não lugares.

Lidiane Rodrigues Campêlo da Silva - Brasileira/Brasileña

Tropeiros Borboremenses

Muito de matemática para quem é da educação. Proporções na criação monumental, proporções nas migalhas que se deixam para quem frequenta o ambiente. Um ambiente fétido pelos esgotos da nata da cidade, enquanto os malquistos são os que não têm o que vestir. Uma obra escultural agora animada e vívida pela transversal às paralelas do pensamento vil que só enxerga a sujeira produzida pelo outro, pois imediata e aparente. Que a alegria do real borboremense contagie a fria axiomática geométrica.

José Joelson Pimentel de Almeida - Brasileiro/Brasileño

A simetria da natureza

Nessa fotografia, visualizamos um pôr do Sol em Miami Beach, na Flórida, USA. Nela, identificamos aspectos geométricos como a simetria reflexiva ou do espelho. Com isso, podemos discutir sobre os reflexos das justiças sociais na vida das pessoas como um todo. Tudo o que fazemos tem um reflexo, positivo ou negativo, isto é, um retorno, seja ele para o bem ou para o mal.

Christianne Torres Lira Farias - Brasileira/Brasileña

A fé em números

A obra "A fé em números" explora a interseção entre a fotografia de uma igreja e o tema do encontro. A fotografia da igreja representa um lugar de reunião, onde pessoas de diversas origens e crenças se encontram para compartilhar experiências e valores comuns. Mas como todo esse processo de construção foi realizado? A partir de combinações matemáticas, diversas perspectivas, onde foi necessário haver conhecimentos matemáticos, arquitetônicos, artísticos, mas também a matemática da natureza para que fosse possível neste espaço haver encontros religiosos, rituais, cerimônias e simbolismo que podem ser expressos por meio de números e medidas. A matemática desempenha um papel fundamental na compreensão e na interpretação de muitos aspectos da vida cotidiana, incluindo aspectos culturais e religiosos e porque não permitir a promoção da justiça social?

Catarina de Freitas Barbosa Assis - Brasileira/Brasileño

A Matemática e a saúde

A imagem mostra um equipamento de lazer no parque da Encosta do Seminário. Nesse parque existe também aparelhos para exercícios físicos e prática de skate. O lazer e a saúde é um direito de todos e esse parque procura promover esse direito. A matemática está nas formas e medidas dos aparelhos, bem como em atividades físicas. Vemos aí uma interdisciplinaridade com a Educação Fisica.

Denise Aparecida Enes Ribeiro - Brasileira/Brasileña

Matemática cabe em uma fotografia

A fotografia é na Praia do Bessa, João Pessoa – PB. Para uns local de lazer, diversão e descanso, para outros lugar do ganha pão, em que os conhecimentos matemáticos se fazem presentes, porém conhecimentos esses adaptados às necessidades do seu dia a dia de trabalho. Onde o sol para uns é deslumbrante, para outros é castigante. É possível observar a Matemática em toda parte, no formato e no processo de construção das sombrinhas, no movimento do mar, na construção civil, em todo canto ela tá. Nós professores, precisamos permitir aos nossos alunos possibilidades de vivenciar e fazer a matemática, de maneira que estes conhecimentos sejam percebidos na sua vida, a fim de tornarem-se cidadãos críticos e ativos na transformação do meio em que vivem.

Carla de Araújo - Brasileira/Brasileña

Museu dos três pandeiros

Esta obra é uma fotografia da frente do Museu de Arte Popular da Paraíba, conhecido popularmente como “Museu dos três pandeiros” ou MAPP. Na vista, podemos identificar diversas formas geométricas e reflexos causados pelo material espelhado em que foi construído a frente do museu. Fica localizado às margens do açude velho, maior cartão postal da cidade de Campina Grande. E, apesar de ter sido um marco cultural em nossa produção local, muitos cidadãos da cidade ainda não tiveram o prazer de conhecer o lugar, nos trazendo uma reflexão que, apesar da entrada gratuita, ainda enfrentamos diversos problemas de injustiças sociais.

Janaina Michele das Merces Aciole - Brasileira/Brasileño

Dependentes da independência

A fotografia do dorso do garoto defronte ao quadro da Independência do Brasil simboliza não apenas a importância de olhar para o passado, mas também a necessidade de refletir sobre as profundas injustiças sociais que têm sido um traço marcante da história brasileira. Desde sua fundação, a exploração no Brasil tem como característica o detrimento da equidade social e da vida de seu povo originário. No entanto, este conhecimento só é possível com estudos matemáticos e críticos a literatura de época jaz imortalizada, que sobre a tela se revela e mostra a verdade sob o alazão.

Victor Gomor De Oliveira Eloy - Brasileira/
Brasileño